Conversa com Francisco Pinheiro, John Roloff e Jaume Valentines-Álvarez
Francisco Pinheiro, John Roloff (USA) e Jaume Vanlentines-Álvarez (ESP)
A partir da instalação Relógio Pombal de Francisco Pinheiro, irá falar-se sobre questões relacionadas com arte em espaço público, site-specific, processo e improvisação. Para além da presença do próprio artista, a conversa contará com a participação de John Roloff, artista e professor no San Francisco Art Institute e Jaume Valentines-Álvarez, historiador na área da ciência e tecnologia.
Biografias
John Roloff (Portland, 1947) é artista visual e tem trabalhado questões relacionadas com o lugar, processo e sistemas naturais. É conhecido sobretudo pelas suas esculturas/fornos construídas directamente na natureza - entre os finais dos anos 70 e começo dos anos 90 - bem como por outras intervenções de grande escala onde investiga fenómenos geológicos. John Roloff estudou Geologia na UC Davis, California e posteriormente, na mesma escola, estudou arte com Bob Arneson e William T. Wiley nos finais dos anos 60. Para além das suas instalações “site-specific” e intervenções ambientais nos Estados Unidos, Canadá e Europa, o seu trabalho tem sido apresentado em diferentes museus como o Whitney Museum of American Art, UC Berkeley Museum, San Francisco Museum of Modern Art, Smithsonian Institution, Photoscene Cologne and the Venice Architectural and Art Biennales. Foi premiado com três bolsas: a Guggenheim Foundation Fellowship, a NEA e a California Arts Council Grant for visual artists. É representado pelas galerias Lance Fung em Nova Iorque e a Gallery Paule Anglim em São Francisco. É professor de escultura no San Francisco Art Institute. www.johnroloff.com
Jaume Valentines-Álvarez (Barcelona, 1977) é licenciado em engenharia (2002) e em história (2005), e é doutor em história da ciência (2012). De 2002 a 2012 trabalhou como curador em museus técnicos e escolas de engenharia. Tem escrito sobre políticas de exposição, expertise profissional, e gestão técnica. Tem usado tecnologias de autogestão em projectos de produção energética em pequena escala (biogás). Dentro e fora da academia questiona as práticas tecnocratas e as ideias tecno-nacionalistas. Depois de ser dois anos um “desempregado útil” (no conceito de Ivan Illich) é investigador post-doc no Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT, UNL). É membro do Local Anarquista Pandora (Barcelona) e da cooperativa de historiadores Allaqqat (Barcelona-Lisboa). Actualmente mora em Campolide (Lisboa).
Francisco Pinheiro (Lisboa, 1981) tem vindo a desenvolver instalações, cruzando o desenho, escultura e som. Tem exposto regularmente em diferentes galerias, museus e espaços informais como a Diego Rivera Gallery, The Lab e 1038 Project Space, em São Francisco, EUA; em Portugal expôs na Módulo - Centro Difusor de Arte (Lisboa), Biblioteca Camões (Lisboa), Espaço Campanhã (Porto), Museu de Arte Contemporânea de Elvas (Elvas) ou a sua casa em Campolide (Lisboa). Actualmente é artista residente no Carpe Diem Arte e Pesquisa (Lisboa). Em 2014 criou o coletivo West Coast com a artista Luísa Salvador. É mestre em Artes Plásticas pela San Francisco Art Institute (EUA, 2014) como bolseiro Fulbright/Carmona e Costa e licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa (Lisboa, 2005). Vive e trabalha em Lisboa. www.francisco-pinheiro.com