60/3 Concertos Improvisados | Adriana Sá, Helena Espvall
Adriana Sá (electrónicas), Helena Espvall (violoncelo)
As cordas da zither e do cello entrelaçam-se de forma natural como o respirar, o respirar arquetípico de lógicas musicais que não se podem realmente catalogar. A afinação é peculiar. O software 3D é como se fosse um terceiro músico, com as suas próprias motivações. Actua com base na zither, e por vezes também capta o cello. Os sons acústicos activam sons pre-gravados. A diferença entre a frequência detectada e a nota mais próxima é aplicada sobre esses sons, como efeito "pitch down".
ADRIANA SÁ
Com formação em música e artes visuais, desde 1995 que Adriana Sá se tem dedicado em exclusivo aos seus projetos artísticos, a solo e em colaboração com outros artistas, graças a bolsas, apoios e comissões de diversas instituições nacionais e internacionais. Encontra-se a finalizar doutoramento em arte e tecnologias computadorizadas em Londres, concretizando um vasto interesse na ligação da música a outros meios e disciplinas artísticas. Com John Klima desenvolveu um software 3D que actua com base no som da sua zither. Adriana Sá tocou expôs entre a Europa, EUA e Japão, por exemplo na Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Rivoli e Serralves, em Portugal; Experimental Intermedia Foundation e PS1/MoMa nos Estados Unidos; Arteleku, em Espanha; ICA — Institute of Contemporary Arts, em Inglaterra; e ACAC — Aomori Contemporary Art Center, no Japão.
HELENA ESPVALL
É uma violoncelista sueca que, durante largos anos, actuou na Costa Este dos Estados Unidos, tendo-se notabilizado como uma das vozes dos Espers, na altura apostados numa reactualização das formas folk anglo-saxónicas. É reconhecida como uma improvisadora altamente melódica, numa procura incessante pelas possibilidades da frase num âmbito pós-clássico e telúrico. Este ano ''Sombras Incendiadas”, o inspirado disco em duo com o David Maranha foi lançado no selo suíço three:four records.