Nelson Brissac
“Diferentes frentes de criação artística têm se aberto, recentemente, na interface com a investigação científica, como a bio-arte, a realidade virtual, a inteligência artificial e arte generativa. Mas é na física que o desenvolvimento de novas abordagens teóricas e experimentais tem relação directa com as práticas artísticas. Nelson Brissac-Peixoto faz uma reflexão sobre as relações da arte com a ciência, através da obra de Robert Smithson.”
No final da Conferência foi exibido, em exclusivo, o filme Spiral Jetty, de Robert Smithson, artista cuja obra é discutida no livro Paisagens Críticas Robert Smithson: arte, ciência e indústria, que o autor Nelson Brissac-Peixoto lançou, juntamente com o seu outro livro Cenários em Ruínas, na Livraria Carpe Diem.
Biografia de NELSON BRISSAC
Nelson Brissac Peixoto é filósofo, trabalha com questões relativas à arte e ao urbanismo. É professor do curso de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). É organizador e curador de Arte/Cidade (www.artecidade.org.br), um projecto de intervenções urbanas em São Paulo, desde 1994.
Publicou: A sedução da barbárie, Brasiliense, 1982; Cenários em ruínas, Brasiliense, 1987. América, Companhia das Letras, 1989; Paisagens Urbanas, Ed. Senac, 1996; Brasmitte, catálogo, 1997; Arte/Cidade – Intervenções Urbanas, Ed. Senac, 2002. Dedica-se também a pesquisas sobre as dinâmicas territoriais na região sudeste do Brasil e as relações entre arte e indústria
Nelson Brissac Peixoto é pós-graduado em Sociologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1976), mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980) e doutorado em Filosofia pela Universidade de Paris I Sorbonne (1984).Actualmente é professor assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, actuando principalmente nos temas: imagens, cidade.
Sinopse do livro PAISAGENS CRÍTICAS ROBERT SMITHSON: ARTE, CIÊNCIA E INDÚSTRIA
O livro Paisagens Críticas Robert Smithson: arte, ciência e indústria segue por três vectores, paralelos e entrelaçados: a obra de Robert Smithson na sua relação com a geofísica e a indústria da mineração; o desenvolvimento, a partir dos anos 60, das investigações científicas dos sistemas dinâmicos e dos processos de auto-organização da matéria; e a geofilosofia de Deleuze, que articula uma reconstituição desses processos morfogênicos a uma interpretação da ciência, do trabalho industrial e da criação artística. Para Nelson Brissac, analisar a obra de Smithson através da filosofia e da teoria da complexidade permite perceber as questões e abordagens antecipatórias do artista, assim como compreender a radicalidade inovadora de seus projectos.